Dizem os antigos que há muitos e muitos anos, existia um xamã poderoso que vivia nas profundezas da floresta amazônica. Esse homem era sábio, conhecedor de todas as ervas e segredos da mata. Com o tempo, sua ambição cresceu — ele queria a imortalidade. Então, fez um ritual proibido, pedindo aos espíritos da floresta que o tornassem eterno.
Seu pedido foi atendido… mas com um preço terrível.
O xamã foi transformado em um monstro gigantesco, coberto de pelos espessos e escuros, com um único olho no meio da testa e uma imensa boca no estômago. Suas unhas viraram garras afiadas e seu cheiro passou a ser tão forte e fétido que bastava senti-lo de longe para causar desmaios.
Essa criatura virou o Mapinguari, o espírito protetor da floresta. Desde então, ele perambula pelas matas densas, rugindo como um trovão, protegendo os animais e castigando caçadores, madeireiros e todos que desrespeitam a natureza.
Sinais da Presença do Mapinguari:
Pegadas gigantes com apenas sete dedos.
Cheiro insuportável de carne podre.
Sons guturais que fazem os mais corajosos tremerem.
As árvores por onde ele passa ficam arrasadas, como se algo enorme as tivesse derrubado.
Alguns dizem que ele é imortal, outros acreditam que é apenas um mito para assustar invasores. Mas nas aldeias e seringais do Acre, todos conhecem alguém que “viu” ou “ouviu falar” de um amigo que encontrou o Mapinguari e nunca mais foi o mesmo.