Lenda de Anhangá

A lenda de Anhangá é uma das mais antigas e temidas entre os povos indígenas do Brasil, incluindo relatos preservados na região do Acre.
Para os antigos, Anhangá não é um ser humano, mas sim um espírito guardião das matas e dos animais, especialmente dos mais vulneráveis, como as fêmeas prenhas e seus filhotes.

Ele costuma aparecer sob a forma de um veado branco com olhos de fogo, que brilham como carvões acesos na escuridão da floresta. Algumas versões dizem que ele também pode assumir a forma de pássaros, sombras ou mesmo de um homem envolto em fumaça.

O papel de Anhangá é proteger a natureza e punir caçadores que matam por esporte, que atacam filhotes ou desrespeitam os ciclos da vida. Aqueles que o encontram na mata sentem calafrios, tontura, febre e, muitas vezes, se perdem por dias, andando em círculos até a exaustão.
Se a pessoa for especialmente cruel com os animais, Anhangá pode levá-la para o fundo da floresta, de onde jamais retorna.

Dizem os mais velhos que, ao ouvir o som misterioso de um galho quebrando ou sentir um arrepio súbito durante a caça, é sinal de que Anhangá está por perto, observando… e que a melhor escolha é guardar a arma e recuar em silêncio.

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